QUEM SOU
Lauro Lima dos Santos Filho, 64 anos, professor universitário aposentado e Psicólogo. Nascido no Rio de Janeiro. Tenho vínculos com o município há mais de sessenta anos, desde os dois anos de idade. Em 1949, minha mãe foi a primeira professora da Escola isolada da fazenda Rubião, em Mangaratiba. Eu tinha dois anos de idade. Depois, ela foi transferida para Itacuruçá, lecionando, nos anos de 1951 e 1952 na então Escola Municipal Major Caetano de Oliveira, ao lado da professora Cecília Ferraz. Em 1953, sua missão foi a de alfabetizar crianças no grupo escolar da então Vila Muriqui, que fazia parte da administração de Itacuruçá.
Mudamos para Nova Iguaçú, onde iniciei meus estudos no jardim de infância do Grupo Escolar Rangel Pestana. Em 1960, fui aprovado para o Colégio Militar. Mudar para Nova Iguaçú, e depois para o Méier, não nos afastou de Mangaratiba. Todos os anos, nos períodos de férias, meu pai dava um jeito de alugar uma casa no município. Um ano em Itacuruçá, outro em Muriqui, outro na Praia do Saco. Logo que pôde, em 1961, ele finalmente adquiriu uma casa no novo bairro da Brasilinha, em Itacuruçá, residência até hoje mantida pela família.
Foi em Itacuruçá que passei todas as férias escolares de minha infância e adolescência, bem como todo o tempo livre de minha vida adulta. Em mais de sessenta anos aqui no município, vivi muita coisa: andei no trem de madeira puxado a “maria-fumaça”, e na litorina. Conheci a Marambaia sem CADIM. Aprendi a pescar num mar que era riquíssimo em todas as espécies. Passei inúmeras vezes na poeirenta RJ 14 de antes da Rio Santos. Assisti ao desabamento das encostas nas grandes chuvas de 1966 e 1967. Participei dos primeiros desfiles de um bloco de sujos chamado “Bloco do Carvão”. Vivi noites memoráveis e inesquecíveis no Iate e no clube 26 de julho. Estive presente em todas as festas de São Pedro e de Santana dos últimos 50 anos.
Em 2001, aposentado, ao término da minha trajetória profissional como servidor público concursado, em Brasília, resolvi transformar em realidade um desejo antigo, o de fixar residência definitiva em Itacuruçá. Aqui estou já há onze anos e tenho certeza que foi uma das melhores decisões que tomei na vida. Tenho três filhas, casadas, e quatro netos.
